quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

A Dança e as Danças Circulares
A Dança é uma das expressões artísticas mais antigas do ser humano e pode ser considerada sua primeira forma de expressão das emoções. Mais do que isso, ela transcende os limites da Arte e ganha espaço de busca de conexão com o Sagrado, reconexão com o ser e êxtase.

Mas, como tudo começou? De onde vem a Dança?

A Dança está presente em todas as culturas e aparece em destaque, também, em vários mitos de criação do universo. O ser humano sempre dançou. No início, a Dança estava intimamente ligada ao ritual, ao sagrado. O ser humano utilizava a Dança para se relacionar com o sagrado e para expressar diferentes emoções – felicidade, tristeza, alegria, pesar ou êxtase. Antes de ter instrumentos musicais, ele usava seu corpo – para bater palmas, marcar o ritmo com os pés, sua voz para cantar e todo o seu corpo para expressar as emoções que estava sentindo, para imitar pássaros, animais, árvores e diferentes elementos da natureza.

Muito tempo depois, o significado sacro da Dança começou a desaparecer e, então, as danças se tornaram um passatempo da comunidade, coreografias foram criadas e ensinadas nas cortes. Com o tempo, as Danças tradicionais foram perdendo seu aspecto ritualístico, mítico, folclórico e espiritual. Deixaram de ser expressão de um grupo para ser espetáculo para ser assistido ou representado.

As Danças Circulares, como são conhecidas atualmente, floresceram na ecovila e comunidade de Findhorn (Escócia), atualmente denominada Fundação Findhorn.

O pedagogo, bailarino e coreógrafo alemão Bernhard Wosien (1908-1986), bailarino desde a adolescência, já no auge de sua carreira, começou a perceber que as pessoas dançavam sozinhas ou, no máximo com seus pares, e começou a procurar uma nova forma corporal, mais orgânica de expressar os sentimentos. Durante a década de 1950, viajando regularmente para os países do sudeste europeu como Grécia e Iugoslávia, e frequentando grupos de danças folclóricas tradicionais percebeu que ali encontrava o que procurava – alegria, amizade e amor por si mesmo e pelos outros. Também percebeu que as danças tradicionais estavam começando a mudar as suas raízes ou sendo esquecidas.

Antigamente, a aldeia toda dançava com um objetivo – celebrar um nascimento, um casamento, pedir chuva, agradecer a colheita – mas, ultimamente, as danças tradicionais estavam sendo esquecidas ou estavam sendo executadas por bailarinos como coreografias para demonstrar a cultura para turistas.

Um dos seus desejos era trazer novamente o reconhecimento do valor espiritual das danças tradicionais e agregar jovens e velhos dançando juntos outra vez.

Assim, em 1976, Bernhard Wosien foi convidado por um dos fundadores da comunidade de Findhorn a ensinar as Danças Circulares pela primeira vez. Lá em Findhorn, Wosien encontrou “um campo fértil e alunos interessados”, segundo o arquiteto mineiro Carlos Solano que foi hóspede na Fundação Findhorn por um longo tempo e foi quem as trouxe para o Brasil em 1986. Ele fez o treinamento com Anna Barton e foi o primeiro instrutor no Brasil.

Desde seu nascimento, as Danças Circulares têm se expandido pelo mundo todo atingindo públicos diferentes com propostas diferenciadas.


Por que as Danças Circulares são chamadas Sagradas?
Quando foram imaginadas por Berhanrd Wosien, as Danças Circulares foram denominadas Sagradas como forma de resgate da espiritualidade presente nas danças.

É inevitável a percepção de a energia concentrada nas Danças Circulares e que pode ser utilizada para a cura.

Uma Roda de Danças Circulares coloca todos seus participantes em uma mesma sintonia devido a um ritmo comum proporcionado pela música e pela coreografia. Dessa forma, proporciona um fluxo e uma circulação de energia.


A Roda Transpessoal
A Roda Transpessoal é uma proposta desenvolvida durante meu trabalho de conclusão de curso da pós-graduação em Psicologia Transpessoal. Com a minha experiência em focalização em Danças Circulares e os instrumentos aprendidos durante o curso, desenvolvi uma forma de construir a roda levando em conta uma série de informações.

Utilizando recursos variados – que podem ser adicionados com sua própria experiência – as informações obtidas durante a Roda podem ser utilizadas como ferramenta para provocar a auto-observação de quem pratica. Dessa forma, insights podem ser provocados e uma consciência sobre si mesmo pode ser ampliada.

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